O advogado de uma atriz porno, que afirma ter tido relações sexuais com o Presidente norte-americano, solicitou à holding de Donald Trump, a Trump Organization, que preserve a documentação relativa ao assunto.
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Em carta enviada à entidade, o advogado Michael Avenatti solicitou que esta guarde os registos relacionados com o pagamento de 130 mil dólares (106 mil euros) que a atriz recebeu, para se manter em silêncio em relação ao assunto, conforme acordo assinado dias antes da eleição presidencial de 2016.
Avenatti, que representa a atriz porno Stephanie Clifford, de nome profissional Stormy Daniels, fez o mesmo pedido aos bancos City National e First Republic.
Na missiva, o advogado anexou uma mensagem de correio eletrónico (e-mail) que mostrava que o advogado de Trump, Michael Cohen, usou o endereço de e-mail da Trump Organization para trocar correspondência com um representante do First Republic. No seu texto, o representante do banco informou Cohen que tinha sido feito um depósito na sua conta.
Cohen tem negado que haja aqui qualquer relação e que foi ele a pagar os 130 mil dólares do seu bolso. Adiantou ainda que nem a Trump Organization nem a campanha eleitoral de Trump fizeram parte do acordo com e que ele não foi reembolsado deste pagamento.
"Tencionamos usar todos os meios legais ao nosso dispor para expor a verdade sobre este encobrimento e o que aconteceu", afirmou hoje Avenatti.
Clifford avançou com um processo legal em Los Angeles no início deste mês, para invalidar o acordo de forma a que possa "dizer o que se passou" e discutir a sua alegada relação com Trump, que disse ter começado em 2006 e durado cerca de um ano.
No processo especificou-se que a relação incluiu encontros no Lago Tahoe, no Estado do Nevada, e Beverly Hills, no da Califórnia.
Trump casou com a sua atual esposa, Melania, em 2005, e o seu filho, Barron, nasceu em 2006.
Clifford também se prontificou a reembolsar os 130 mil dólares, que pagou para não falar da relação, e argumentou no tribunal que o acordo é legalmente inválido, uma vez que foi assinado por Clifford e Cohen, mas não por Trump.
Na carta do advogado de Clifford revelou-se ainda que Cohen "tentou interferir" com a capacidade desta contratar Avenatti, mas não foram avançados detalhes.