O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, pediu hoje ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman para trabalhar no sentido de se alcançar uma "solução pacífica" para a guerra civil no Iémen.
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A Arábia Saudita "faz parte da solução", adiantou Mattis ao receber no Pentágono o novo "homem forte" do primeiro exportador mundial de petróleo, que na terça-feira esteve com o Presidente Donald Trump na Casa Branca.
"A nomeação de um novo enviado especial da ONU para o Iémen é ocasião para se chegar mais rapidamente a uma solução política para o conflito", disse o secretário da Defesa norte-americano, numa referência à nomeação em meados de fevereiro do britânico Martin Griffiths como enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, o terceiro mediador encarregado do conflito em sete anos.
Riade "apoia o governo reconhecido pelas Nações Unidas e vamos acabar com esta guerra (...) em termos favoráveis para o povo iemenita, mas também para a segurança de todos os países da península" arábica, adiantou Mattis.
Mohammed bin Salman, por seu turno, sublinhou a solidez das relações entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
"Hoje cooperamos em numerosos assuntos para combater as ameaças contra os nossos países", disse o príncipe herdeiro saudita, adiantando que com Mattis no Pentágono "a cooperação melhorou consideravelmente entre os dois ministros da Defesa".
A guerra civil no Iémen entre as forças governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita, e os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, já causou perto de 10.000 mortos.
Os rebeldes entraram na capital iemenita, Sanaa, em setembro de 2014 e desde março de 2015 que uma coligação internacional dirigida por Riade realiza ataques aéreos regulares contra as suas posições.
O Pentágono apoia a coligação com armas, informações e reabastecimento aéreo, assistência criticada nos Estados Unidos pela oposição democrata.