Profissionais de 55 países reuniram-se, nos últimos 3 dias, em Cascais, para ouvir a opinião de 28 oradores de nacionalidades diferentes sobre a inovação e o futuro do jornalismo.
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O programa do evento conta com "histórias" e "casos" que estão no centro da actividade jornalística, na forma como são "recolhidas as histórias", nos "perigos em torno dessa actividade, e nas oportunidades que se apresentam à própria actividade do jornalismo", explicou Amy Selwin, directora do NewsXchange.
A responsável acrescenta que foram colocados "frente-a-frente a inovação e o jornalismo e perguntámos à audiência quem iria ganhar a batalha do futuro. Ouvimos excelentes argumentos em defesa de ambos os lados, no final o jornalismo ganhou de forma esmagadora."
A apresentação de Takehiko Kusaba, da cadeia pública de televisão japonesa NHK, foi para Amy Selwin, o grande destaque. Em quinze minutos transportou a audiência ao centro da cobertura da sequência de eventos desencadeados pelo terramoto e tsunami no Japão em Março deste ano.
Sublinhou ainda que cada um levou a ideia de que Cascais é uma comunidade de pessoas que estão no twitter, que tiram fotos, que são cidadãos activos, e não apenas jornalistas tradicionais.
"O que nos une a todos é a paixão pela notícia, dita de forma correcta e objectiva, que assenta na história. A história está no coração de tudo o que fazemos. Sem história nada faz sentido. E são as histórias que nos ligam emocionalmente. Ouvimos estatísticas, x pessoas morreram, x pessoas reuniram-se em protesto mas precisamos do jornalismo, da história contada por esta arte, para que seja estabelecida uma corrente emocional", afirmou Amy Selwin.
Neste sentido, conclui, que "é o jornalismo, através do texto, fotografia, vídeo, televisão, música, que nos liga enquanto pessoas. E uma vez unidos, enquanto pessoas, conseguimos a mudança do mundo".