Virgílio Duarte Barros, uma das vozes dos extintos Parodiantes de Lisboa, celebrizado pela personagem "Delicadinho da Silva", morreu na segunda-feira, aos 88 anos, informou a filha do actor radiofónico, esta terça-feira.
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O corpo de Virgílio Duarte Barros vai estar, esta terça-feira, em câmara ardente na Igreja da Graça, em Lisboa, a partir das 17.30 horas. O funeral realiza-se na quarta-feira, às 11.00 horas, para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Segundo a filha, Maria Teresa Barros, o actor teve "morte súbita", pois "estava bem" na segunda-feira, quando o foi visitar à Casa do Artista, onde ele e a mulher viviam desde 2004.
O grupo de comediantes Parodiantes de Lisboa surgiu em Lisboa em 1947, criando programas humorísticos para a rádio portuguesa, que incluíam a crítica mordaz da sociedade, seus usos e costumes, e mesmo do regime salazarista.
Ao longo de 50 anos (o grupo acabou em 1997) passaram pelos Parodiantes nomes como Carlos Cruz, José Fialho Gouveia, Cândido Mota, Alice Cruz e Ana Zannati, tendo alguns destes começado ali mesmo as suas carreiras.
Virgílio Duarte Barros "entrou logo" para a companhia fundada pelos irmãos Andrade e "colaborou sempre com eles", referiu Maria Teresa Barros, descrevendo-o como "uma figura muito carismática dos programas dos Parodiantes".
O actor ficou especialmente conhecido pela personagem "Delicadinho da Silva", com a qual encarnava um estereótipo do homossexual, despedindo-se sempre com "então adeus, até amanhã", recordou a filha.
Outros personagens criados pelos Parodiantes de Lisboa que ficaram na memória são "Báubau e a Flausina", "Jack Taxas e o seu cavalo Cara Linda", "Manas Catatua", "Compadre Alentejano", "Menino Arnestinho" e "Patilhas e Ventoinha".