Seis organizações de defesa dos jornalistas e da liberdade de expressão apelaram hoje, domingo, ao poder iraniano para libertar mais de 60 jornalistas, bloguistas e escritores detidos no Irão.
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Em carta aberta dirigida ao guia supremo, o ayatollah Ali Khamenei, divulgada em Genebra, as ONG denunciam que actualmente estão encarcerados em cadeias do país islâmico mais intelectuais de uma só vez do que durante a última década.
"Pelo menos 60 escritores, jornalistas e bloguistas estão atrás das grades em violação dos direitos de protecção consignados pela constituição da República islâmica iraniana e pelo direito internacional", segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e outras.
A carta é assinada também pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas, pela associação de defesa dos escritores PEN Internacional, Índices contra a Censura, Jornalistas Canadianos para a Liberdade de Expressão e Associação Internacional dos Editores.
"Trata-se do maior número no mundo de colegas nossos atirados para a prisão de uma só vez desde há mais de uma década", no âmbito da repressão das contestações à reeleição em Junho de 2009 do presidente Mahmud Ahmadinejad, referem as seis organizações na sua carta aberta.
Este documento vem à luz do dia na véspera do exame sobre a actual situação no Irão pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra.
Recordando que o líder da revolução islâmica, o ayatollah Khomeini, prometera edificar uma "sociedade de liberdade", as organizações signatárias apelam ao poder iraniano para "honrar os compromissos do ayatollah e as garantias da constituição iraniana libertando todos os escritores, jornalistas e bloguistas actualmente detidos por terem exprimido as suas opiniões no Irão".