A ex-directora do jornal britânico "News of the World", Rebekah Brooks, foi libertada sob caução na noite de domingo, confirmou um porta-voz policial citado pela agência France Presse.
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"Posso confirmar que (Rebekah Brooks) foi libertada ao início desta noite sob caução até o final de Outubro", disse o porta-voz da polícia, David Wilson.
Rebekah Brooks, a rainha dos tablóides britânicos, era até há uma semana uma das mais influentes mulheres do mundo da comunicação, graças a uma mescla de ambição, encanto pessoal e habilidade para se ligar ao poder.
A jornalista ruiva de 43 anos, que se demitiu sexta-feira passada do cargo de administradora delegada do "News Internacional" e foi detida domingo na sequência do escândalo das escutas ilegais, manteve durante anos uma estreia relação com o empresário Rupert Murdoch, para quem trabalhou mais de meia vida, escreve a EFE ao traçar o seu perfil.
Segundo a agência espanhola, a sua ascensão foi meteórica. Em 1989 começou a trabalhar no semanário sensacionalista de domingo, "News of the World", como secretária, e em 2000, com 32 anos, tornou-se directora, tornando-se na mais jovem mulher à frente de um periódico de âmbito nacional em terras de Sua Majestade.
Nos três anos em que se manteve à frente do jornal, este levou a cabo numerosas escutas ilegais com o fito de obter informações de políticos, realeza, pessoas conhecidas do grande público, desportistas e até vítimas de crimes como a adolescente de 13 anos, Milly Dowler, que desencadeou o escândalo e levou à queda de Brooks.
Depois de três anos à frente do "News of the World", Brooks passou a dirigir o The Sun, um diário do grupo Murdoch e o mais lido pelos britânicos, onde permaneceu até 2009, quando foi designada administradora delegada da News Internacional.