<p>O Sindicato dos Jornalistas "condena vivamente" a decisão da administração do jornal Correio da Manhã de despedir uma dezena de trabalhadores, sete dos quais jornalistas, informa a estrutura sindical num comunicado na sua página na Internet.</p>
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De acordo com o texto, o Sindicato "não nega às empresas o direito de abrirem processos de adesão voluntária a programas de redução de pessoal, embora tais programas se traduzam geralmente num desperdício de experiência e de memória que enfraquece as redacções e empobrece o serviço prestado aos cidadãos".
Porém, "rejeita claramente despedimentos como aquele que agora foi desencadeado", que "acentua a redução de jornalistas recentemente encetada, nomeadamente em delegações do jornal (são atingidas agora as delegações de Braga, Porto e Algarve, além da sede), diminuindo a relação do Correio da Manhã com as regiões, com efeitos negativos na expressão da diversidade das realidades do país".
A organização sindical afirma não existirem "motivos válidos" para a intenção hoje comunicada pela administração do Correio da Manhã, que alega a necessidade de redução de custos.
"O Sindicato dos Jornalistas condena vivamente o procedimento seguido pela empresa, por não encontrar motivos válidos para o desencadeamento de um processo desta natureza, desde logo porque o Correio da Manhã é uma publicação líder no mercado editorial português e se insere num dos mais importantes e sólidos grupos a operar no sector - a Cofina", lê-se na nota de imprensa.
Segundo a mesma entidade, não é aceitável que, "a pretexto da conjuntura, as empresas aproveitem para despedir profissionais pois, mesmo que viesse a invocar-se uma qualquer crise, deve sublinhar-se que a Cofina possui capacidade para diminuir o seu impacto e prestar apoio a empresas do grupo que circunstancialmente o necessitem".
O comunicado da estrutura sindical, que pode ser lido na íntegra em http://www.jornalistas.eu/noticia.asp?id=7316&idCanal=569, termina com um apelo "aos jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do jornal para que se mantenham unidos e lutem para impedir o despedimento, assim como para prevenir futuras ofensivas contra os seus direitos - o primeiro dos quais é o direito ao trabalho".