O regresso dos californianos Incubus a Portugal não chegou para encher o recinto no primeiro dia de Super Rock, que registou 18 mil entradas. The Rapture, Lana del Rey e M.I.A são alguns dos nomes mais aguardados do segundo dia de festival.
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A banda de Brandon Boyd entrou em palco determinada a matar as saudades dos fãs, oferecendo-lhes os êxitos de sempre ao lado de algumas das músicas do último trabalho, "If Not Now, When?", editado no ano passado.
Os êxitos dos tempos áureos dos Incubus foram entoados com grande euforia pelo público, tanto pelos mais velhos como por gerações mais novas, que conhecem os "hits" que há anos não abandonam o espetro radiofónico.
"Drive", êxito de 2001, foi o hino da noite, cantado a plenos pulmões por todos quantos se encontravam em frente ao palco principal, ou pelos muitos que, ao ouvirem os primeiros acordes, correram naquela direção. "Are you in?" e "Nice to know you" mereceram idêntica deferência.
Em palco, Boyd é figura de proa, entregando-se completamente a cada canção e conferindo-lhe a intensidade exigida. As competências da banda são inegáveis, mas isso parece não ter sido suficiente para salvar o concerto de uma certa monotonia que se começou a instalar passada hora e pouco de espetáculo.
Ainda os Incubus estavam em palco e já muitos festivaleiros abandonavam a Herdade do Cabeço da Flauta. Alguns detinham-se pela tenda eletrónica, onde atuavam os Flying Lotus, outros ficavam presos às batidas do rock experimental dos Battles.
Na verdade, a festa estava aqui, mas apenas disponível para os mais atentos. O experimentalismo do trio americano parecia fazer eco nos corpos que se mexiam ao som de cada batida, com um impressionante Ian Williams a reservar uma mão para o teclado e outra para a guitarra. Uma dose de experimentalismo dançável e absolutamente refrescante num dia particularmente monótono.
Os Hot Chip foram os responsáveis pelo encerramento do primeiro dia de Super Bock Super Rock, fechando o palco principal para uma plateia de poucos resistentes.