Ao terceiro dia, o Rock in Rio Lisboa foi invadido pelo público mais jovem desta edição. Ao cair da noite desta sexta-feira, mais de 65 mil pessoas espaireciam no Parque da Bela Vista, registando-se a que provavelmente se afigurou como a maior concentração de sempre de cachopas em calções de ganga.
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Durante a tarde, a juventude prosseguiu a habitual peregrinação pelos santuários dos brindes e polos de diversão. Perante os guinchos de excitação da mocidade que deslizava na montanha russa, o palco Street Dance, mesmo em frente, era uma área que pretendia recriar a atmosfera arquitetónica nova-iorquina.
Não havia grande aparato - o cenário parece composto por aquelas casinhas que decoram as cidades dos comboios de miniatura -, mas ali vibrava festa. Uma série de moços do hip-hop dançavam em acrobacias assinaláveis, ora rodopiando no solo, ora projetando o corpo na atmosfera enquanto faziam malabarismos com o boné e golpes de pernas. Boa cena.
A música no palco Mundo - o maior do recinto - só começou ao final da tarde, com uma atuação muito bem recebida dos Expensive Soul, ainda que fosse notório que grande parte do público estava ali para ver Ivete Sangalo e, principalmente, Lenny Kravitz. Ambos terão atuado mais tarde.
Momentos antes, no outro lado do recinto, o Palco Sunset recebera a Orquestra Geração, Tiago Bettencourt com Black Mamba e Orelha Negra com Hyldon e Kassin. Todos, sem exceção, foram bem recebidos.
O festival prossegue sábado, com Bryan Adams e Stevie Wonder.