<p>Foi por poucos minutos que a caravana do PS não se cruzou, ontem, sábado, de manhã, com os apoiantes do PSD que andaram com Ferreira Leite na Baixa de Coimbra. Aliás, seria assim durante quase todo o dia em que PS e PSD andaram a disputar votos por vários concelhos do distrito de Coimbra, cidade onde ambos terminaram o dia.</p>
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À chegada do PS à praça 8 de Maio, pouco depois do meio-dia, ainda havia bandeiras do PSD a circular e muitos confétis laranja espalhados pelo chão. E, mesmo ao lado do local onde estacionaram os carros da caravana socialista, estava em campanha uma candidatura independente à Câmara de Coimbra, encabeçada por Pina Prata, vereador independente eleito na lista PSD/CDS. Tudo pacífico, não fossem as músicas sobrepor-se umas às outras.
Pina Prata não se incomodou com a presença do PS. "É um dia feliz para Coimbra. Até temos um cartaz que diz: 'reabilitação urbana, Baixa com gente'", afirmou, mostrando-se empenhando em tirar a cidade do "marasmo" e confiante na "vitória". "Era bom que a Baixa estivesse sempre assim, cheia de gente. É bom para o turismo, o comércio e o património", dizia, a seu lado, entusiasmada, Edite, número seis da lista.
Quem não se sentiu tão à vontade no meio da confusão foi Teresa Dionísio, 29 anos. Cruzar-se com caravanas partidárias era o que menos esperava no dia do seu casamento, na Igreja de Santa Cruz. Precavida por ter sido avisada, veio antes de tempo para o local. E foi entre as carrinhas da caravana socialista, decoradas de verde e vermelho, que se resguardou de olhares curiosos. Mas não escapou aos jornalistas, que não quiseram perder o picante de uma noiva "apanhada" na campanha. Teresa ainda ousou sonhar com "uma beijoca" de José Sócrates, mas o líder socialista não chegou a tempo de a ver entrar na igreja e de lhe desejar felicidades.
A arruada pela Ferreira Borges prosseguiu como todas as outras: 30 minutos de sorrisos e beijinhos, cumprimentos até em inglês, ao som de gaitas de foles e com rosas vermelhas para distribuir.