<p>O secretário-geral do PS voltou esta noite a apelar aos portugueses para que não se deixem ir em sondagens e lembrou que “não são as sondagens que contam os votos”. “Quem conta os votos é a Democracia. A única coisa que conta são os votos que entram nas urnas”, disse José Sócrates, no comício de encerramento da campanha, onde apelou à mobilização e a que ninguém deixe de ir votar pelo facto de as últimas sondagens apontarem para a vitória do PS.</p>
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A mesma preocupação foi expressa por António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “Que ninguém se deixe iludir pelas sondagens”, disse, pedindo que ninguém deixe de ir às urnas no domingo. Costa também pediu aos portugueses que não usem o voto como “uma forma de protesto”. “O voto é uma oportunidade que todos os portugueses têm de escolher pela positiva o seu futuro”, disse, apelando a que “não se desperdicem votos no domingo”.
O mesmo alerta foi deixado pelo líder da Juventude Socialista. “Nada está ganho”, avisou Duarte Cordeiro, pedindo aos eleitores que não acreditem em sondagens que dão vitórias antecipadas. E deixou um aviso: “Este não é o momento para protestar. A verdade é que votar no Bloco de Esquerda é ajudar a Direita a matar o sonho”, disse, apelando a que “não arrisquem acordar no dia 28 no século XX”.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa apontou baterias ao PSD, que acusou de ser “um partido de facção, que exclui todos os que pensam de forma diferente”. “Quem não cultiva a liberdade e a tolerância dentro de casa, é incapaz de amar e respeitar a liberdade”, disse, acusando o PSD de ser “um partido fechado, envelhecido, sem vigor, sem capacidade de inovação e que mais parece um Conselho de Ministros dos anos 80 em vez do século XXI”.
Depois, passou ao discurso de vitimização: “O que moveu a campanha eleitoral do PSD foi o ódio a um homem. O que moveu a campanha do PS foi o amor a Portugal”, disse, galvanizando a plateia. Para Costa, o país tem “uma grande dívida” para com José Sócrates, que “suportou todas as campanhas de cabeça erguida”, e acredita que os portugueses vão apoiar o PS porque já perceberam que “o que está em causa é uma viragem política em Portugal”.
Jaime Gama, cabeça de lista por Lisboa, reconheceu que se tratou de “uma campanha difícil”, mas acredita que a vitória “vai ser boa porque vai ser uma vitória merecida”. O presidente da Assembleia da República acusou o PSD de ter “fabricado a intriga” quando defendia a “política da verdade” e disse que “a liberdade derrotou a meia intriga e a meia verdade”.
Presente no comício de encerramento da campanha do PS – que encheu o pavilhão do Centro de Congressos de Lisboa, na antiga FIL – Almeida Santos confessou que chegou a “recear” que o PS não ganhasse as eleições de domingo. “Mas neste momento o meu coração está cheio de júbilo e de esperança”, disse, confiante na vitória.