José Sócrates tomou a iniciativa no final do duelo, levantou-se e dirigiu-se a Manuela Ferreira Leite para a cumprimentar. A líder do PSD aceitou com um sorriso.
Corpo do artigo
José Sócrates apostou em marcar as diferenças pela atitude, optando por uma postura de bonomia desde que entrou até que saiu do debate. Manuela Ferreira Leite apostou em diferenciar-se pela palavra, que procurou que fosse certeira na hora de desmistificar o socialista.
Os dois adversários chegaram atempadamente aos estúdios Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos, para se maquilharem antes de passarem ao debate que foi para o ar na SIC às 21 horas e 15 minutos, moderado por Clara de Sousa. O aparato que envolveu o último frente-a-frente televisivo das legislativas 2009 teve uma "mise en scène" mediática muito mais trabalhada que os anteriores. Desde a tarde que a SIC fazia "directos" a partir de Paço d' Arcos.
O debate só começaria às nove e um quarto da noite, tendo terminado 10 minutos depois da hora, às 22 e 25 minutos. "Correu-me muito bem!" exclamou o socialista. "Foi positivo", disse a social-democrata. Para o "engenheiro", o que marcou pontos foi ter conseguido mostrar "uma atitude de confiança, de ambição diferente da atitude de descrença e de pessimismo da dra. Manuela Ferreira Leite". Por seu lado, a "senhora doutora" acredita que o debate "foi vivo", mas, acrescentou: "Não gosto daquelas partes em que o engenheiro José Sócrates quer interpretar o meu pensamento".
Depois de ter acusado os socialistas de fazerem pressão pelo TGV em favor dos espanhóis, a líder do PSD não conseguiu, à saída, explicar aos jornalistas onde, a quem e como foram feitas essas pressões. Uma parte do debate que ficou mal defendida pela social-democrata e que o PS não deixará de capitalizar nos próximos dias. Por seu lado, Sócrates, ao ter antecipado que não conta com a ministra da Educação, caso vença as eleições, deixou mais uma vez - e em período de abertura do ano escolar - a governante exposta.