<p>Paulo Portas afirmou ontem, sábado, em Espinho, que as pensões mais baixas poderiam subir 10 euros por mês (140 euros por ano), com a transferência de verbas do rendimento social de inserção defendida pelo CDS. O líder centrista esteve ontem em Espinho, visitou a cidade em fim-de-semana de festa em honra da Senhora da Ajuda, e repetiu críticas à política de entregar subsídios a quem não quer trabalhar por opção. "Defendo quem trabalha", insistiu o candidato, no final de uma arruada.</p>
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"Os partidos não são clubes, não são religiões", disse, também, aos jornalistas. Paulo Portas quer acabar com a tradição dos votos repartidos entre PS e PSD. E não se cansa de apelar ao voto das pessoas que estão descontentes com o PS e não se sentem motivadas pelo PSD. E são "muitas", garante. "O CDS está a subir", repetiu, ontem, em Espinho, Paulo Portas. Mais uma arruada com bom acolhimento popular - embora o discurso sobre o rendimento mínimo continue a dar alguns amargos de boca - e o líder centrista reforça o apelo ao voto. Porque, disse aos jornalistas, o CDS trabalha e mostrou nos debates televisivos que domina os dossiês. Mais: demonstrou que "tem alegria de viver e sentido de humor". Ainda mais: o CDS fez muito bem o percurso até agora e "merece" ganhar força.
Até porque, continuou, o importante não é apresentar promessas mas compromissos. E o CDS, garantiu, já demonstrou que honra os seus compromissos. Nesse campo, Portas voltou a lembrar que foi o seu partido que garantiu os aumentos das pensões.
Na noite anterior, em Famalicão, Paulo Portas tinha feito ataque cerrado a José Sócrates e a Manuela Ferreira Leite, comparando as más políticas de um e as indefinições de outro. Perante mais de 500 pessoas, Portas centrou o seu discurso nas políticas voltadas para os jovens. Já Nuno Melo, vice-presidente do partido e recentemente eleito eurodeputado, descartou qualquer hipótese de futura coligação com o PS, salientando a importância de o Centro-Direita ter pelo menos mais um deputado do que a Esquerda toda junta.