Os barcelenses Black Bombaim vão atuar no palco principal do Festival Paredes de Coura esta tarde. O JN esteve à conversa com o baixista Tojo Rodrigues que nos revelou a surpresa que a banda preparou para o espetáculo.
Corpo do artigo
Os Black Bombaim são mais um exemplo do fenómeno musical que é Barcelos. Filhos da terra que, cada vez mais, se torna berço da maioria das bandas emergentes portuguesas, foi por lá que começaram a dar os seus primeiros passos no mercado e ainda parece ser por lá que vão evoluindo (prova disso é a mais recente colaboração com os La La Ressonance, materializada em palco num concerto especial no festival Milhões de Festa, que se vai transformar num disco).
À conversa com o baixista do grupo, Tojo Rodrigues, ficamos a saber que este projeto em ascensão começou "de forma humilde" e sem grandes pretensões de sucesso rápido, apesar da banda "saber o seu valor". Nesta caminhada de Barcelos para o Mundo tudo os surpreendeu, admite o baixista. "Para nós o último disco foi uma vitória, nunca pensamos em sucesso", garante, mesmo que "internacionalizar" o conceito sempre estivesse no horizonte.
Por cá (ou lá fora), o certo é que "a aceitação tem sido sempre boa". "As pessoas aprenderam a respeitar e apreciar a música instrumental e, por isso, reagem bem aos concertos", diz Tojo. Agora, segue-se Coura, numa participação em cartaz que lhes diz muito, pois "Coura tem outro encanto". "Era o nosso festival preferido e íamos quase todos os anos", garante, relembrando os tempos em que ia a festivais para apreciar a música e não para atuar. Tocar por lá, "e ainda por cima no palco principal", é, por isso, um momento importante. "Queremos tornar este espetáculo especial, pelo que convidamos três músicos de Lisboa [Tiago Jónatas, Pedro Sousa e Shela] que tocam connosco no CD", adianta o baixista, levantando um pouco o véu do que se vai passar na tarde deste sábado.
Já apreciar Coura terá de ficar para outra altura, visto que a banda só esteve por cá nos "dois últimos dias". Mesmo assim, e para além das bandas "colegas" de cidade que também vão tocar, Tójó quer ver Calexico ao vivo, porque lhe disseram "que davam bons concertos". "Falaram-me muito deles, por isso estou curioso", explica.
Quanto a outras "andanças" musicais, a banda participou, juntamente com outros grupos portugueses, sul coreanos e japoneses, num projeto chamado "T(h)ree". "Foi óptimo. Não colaboramos diretamente" por motivos geográficos, mas é "um conceito interessante", pois acabaram por ajudar a fazer "um disco onde as bandas gravam a sua parte a dar seguimento à parte de outra banda". O resultado, no entanto, ainda não está cá fora e a banda também ainda não o ouviu.
Para um futuro próximo, prometem continuar a "tocar um pouco" e "gravar um disco com os La La Ressonance", no seguimento do concerto dado no Milhões de Festa. "De nós podem esperar um disco novo em 2014, editado em portugal e na Inglaterra, e mais concertos", conclui.