O presidente da FIFA pediu desculpa às selecções de Inglaterra e do México pelos erros de arbitragem de que foram vítimas e reabriu a porta à introdução das novas tecnologias, mas apenas para garantir que golos como o de Lampard são validados.
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Depois do silêncio, a FIFA acedeu a comentar as polémicas arbitrais nos jogos Alemanha-Inglaterra (4-1) e Argentina-México (3-1), dos oitavos-de-final, pela voz do presidente Joseph Blatter. O dirigente máximo da FIFA aproveitou para pedir desculpa às selecções inglesa e mexicana, as prejudicadas pelos erros, prometeu novidades no sector de arbitragem para Outubro ou Novembro e admitiu que as utilização das novas tecnologias voltará a ser debatida pelo organismo.
"É evidente que depois do que acabámos de viver, seria ridículo não reabrir o dossiê da ajuda tecnológica no encontro de 21 e de 22 de Julho do International Board, em Cardiff", afirmou Blatter, numa alusão ao golo não validado ao inglês Frank Lampard - a bola ultrapassou por completo a linha de baliza - e ao irregular primeiro golo da Argentina, marcado por Tevez em clara posição de fora-de-jogo.
Blatter, que aproveitou para revelar ter pedido desculpa as selecções de Inglaterra - "Os ingleses agradeceram, enquanto os mexicanos abanaram a cabeça. Compreendo que estejam descontentes. Eu também fico furioso quando vejo erros tão grosseiros." -, reduziu, no entanto, o recurso às ajudas tecnológicas somente para acabar com as dúvidas à volta da bola ter ultrapassado completamente, ou não, a linha de golo. Blatter revelou que já foram testados dois sistemas
O presidente da FIFA anunciou ainda que um novo plano de desenvolvimento para o sector da arbitragem deverá ser anunciado até ao final do ano. "Queremos melhorar as arbitragens nos jogos. Após o Mundial de 1990, criámos um grupo de estudo chamado Futebol2000. Depois emendámos algumas decisões, como o passe ao guarda-redes. Não começámos hoje. Vamos revelar em Outubro ou Novembro um plano para melhorar a arbitragem de alto nível", salientou.
Em Pretória, onde estão concentrados, os juízes mostraram-se disponíveis para acolher as mudanças que possam ajudar a arbitragem, nomeadamente o uso de tecnologia de baliza. "Estou aberto a tudo o que possa ajudar a tornar o nosso trabalho mais credível", afirmou o inglês Howard Webb aos jornalistas, após mais uma sessão de treino.