O candidato do PSD à Câmara de Loures criticou, esta quinta-feira, a Bloco de Esquerda por não ter clarificado os termos da limitação de mandatos no Parlamento, considerando que a "gincana política" em torno desta lei prejudicou a sua candidatura.
Corpo do artigo
O Tribunal Constitucional (TC) decidiu, esta quinta-feira, que os presidentes de câmara que já tenham exercido três mandatos consecutivos podem ser candidatos a esta função noutro município nas eleições autárquicas de 29 de setembro.
Contactado pela agência Lusa, Fernando Costa, que em maio pôs fim aos 27 anos de liderança da Câmara das Caldas da Rainha para encabeçar uma candidatura a Loures, disse respeitar a decisão do TC, mas criticou o Bloco de Esquerda (BE), que impugnou a candidatura da coligação "Loures Sabe Mudar" (PSD/MPT/PPM).
"O BE esteve muito mal. Tem assento parlamentar e podia ter levantado o problema na Assembleia da República, mas preferiu fazê-lo junto dos tribunais. Podia até ter feito uma proposta concreta, esta questão devia ter sido resolvida na altura", afirmou.
"A Assembleia da República é a grande culpada de toda esta novela", disse o candidato, considerando que foi "prejudicado pela gincana política" em torno desta lei.
Fernando Costa disse ter sofrido "dúvidas e recusas de apoios", mas assegurou que vai "continuar em força na campanha", agora só "mais tranquilo", apesar de esta ser uma decisão que "já esperava".
Antes da impugnação pelo BE, a candidatura do PSD/MPT/PPM a Loures foi alvo de uma providência cautelar interposta pelo Movimento Revolução Branca, que foi considerada "inoportuna" pelo Tribunal de Loures, dizendo esta instância que era demasiado cedo para analisar o caso e pronunciar-se sobre o assunto.