<p>Jerónimo de Sousa esteve no distrito de Setúbal, onde disse que o concelho do Barreiro vive as mesmas dificuldades sociais e económicas verificadas antes do 25 de Abril. O candidato também disse não ter "contas poupança".</p>
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Num dia dedicado ao distrito de Setúbal, Jerónimo de Sousa visitou o Barreiro, onde protagonizou a maior arruada da campanha da CDU. Ali, comparou as dificuldades vividas no munícipio aos tempos ocorridos antes do 25 de Abril de 1974, tendo em conta "as dificuldades económicas e sociais" de uma região que está a ser "fustigada pelo desemprego" e onde os idosos têm "reformas baixíssimas e insatisfatórias". O candidato fez-se acompanhar pelo cabeça-de-lista Francisco Lopes, que admitiu a possibilidade de o distrito de Setúbal eleger cinco deputados da CDU, um cenário que o líder comunista considera "não ser assim tão impossível".
Pela primeira vez em campanha, visitou um mercado municipal, no Barreiro, acompanhado por Odete Santos, mandatária da lista por Setúbal, e contactou com a população local. Seguiu-se o almoço em Sesimbra, onde a temática central passou a ser as dificuldades vividas pelos pescadores - há 20 anos chegaram a ser três mil, hoje estão reduzidos a 700. "Corremos o risco deste sector desaparecer e ser substituído por frotas estrangeiras. Dizem que não contribui para o PIB, mas contribui. O Governo não tem uma política de pescas", criticou, defendendo "outro ordenamento" do Porto de Sesimbra.
Depois, revelou não ter "PPR's nem contas-poupança", sublinhando que "é preciso, isso sim, apostar forte no Sistema da Segurança Social, porque é aí que se abrem as portas a muitos portugueses, trabalhadores e reformados". O candidato lamentou, ainda, "as questões laterais da campanha", que afastam o eleitorado das temáticas "centrais". Já em Pinhal Novo, visitou a Associação de Reformados e Idosos, considerando que há mais de um milhão de reformados a viver "abaixo do limiar da pobreza, com menos de 300 euros por mês". Por isso, defende "um sistema de Segurança Social que permita aos reformados, crianças, doentes e desempregados o apoio necessário".