Código do Trabalho impede crescimento económico do país e não trava queda das exportações
"Quando olho para o projecto de Sócrates percebe-se bem a aventura irresponsável que é o Código do Trabalho", diz Franscico Louçã.
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O líder do BE apontou hoje, sexta-feira, a indústria de moldes como uma área de sucesso em Portugal mas defendeu que "o Código do Trabalho de José Sócrates" está a travar a qualificação no emprego e o crescimento económico.
"A Marinha Grande é um retrato de todas as diferenças do país, porque na cristalaria e noutros sectores os trabalhadores têm sido despedidos, as empresas têm fechado e o investimento tem fracassado, mas neste sector de moldes, que é para exportação, tem havido capacidade, porque há a invenção tecnológica, o desenvolvimento das melhores competências, o que quer dizer trabalhadores qualificados", afirmou Francisco Louçã.
O coordenador do BE falava aos jornalistas no final de uma visita à fábrica de moldes "Aníbal Abrantes", criada em 1946 na Marinha Grande e que actualmente pertence ao grupo Iberomoldes.
Referindo-se à questão da qualificação e do emprego, Francisco Louçã criticou em seguida o Código do Trabalho aprovado pelo Governo, afirmando que o diploma não diminui a queda das exportações e "é um projecto para um país que não exporta, que não funciona e em que a economia degrada a vida das pessoas".
"Quando olho para o projecto de Sócrates percebe-se bem a aventura irresponsável que é o Código do Trabalho, porque quanto mais precários forem os trabalhadores menos qualificados serão, menos capacidade tecnológica terão estas empresas, menos exportação haverá", concluiu.