O secretário-geral do PS apelou hoje, em Gondomar - município tradicionalmente socialista em eleições legislativas -, à concentração de votos no seu partido em nome das políticas sociais, numa referência implícita ao eleitorado tradicional de esquerda.
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José Sócrates falava no final de uma recepção calorosa (por vezes mesmo fanática), num concelho cuja autarquia é liderada pelo antigo presidente do Boavista e ex-membro do PSD, Valentim Loureiro, mas em que também se gritou o nome de "Isabel", numa referência à candidata socialista à Câmara, Isabel Santos.
Com o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, ao seu lado - e discursando com uma rosa na mão -, Sócrates fez um discurso breve para deixar uma mensagem: "concentrem os votos no PS".
Sócrates defendeu depois que esse voto no PS "é feito em nome de "um Estado que ajuda os mais desfavorecidos e os mais fracos".
Antes, Isabel Santos falou para advogar que projectos em Gondomar como o programa Polis, para a construção de novos complexos escolares, e medidas de apoio aos idosos e aos estudantes foram tomadas pelo actual Governo.
"Depois de 11 de Outubro [dia das eleições autárquicas] cá estarei para receber José Sócrates como presidente da Câmara de Gondomar", disse.
A chegada e a saída do secretário-geral do PS aconteceram num ambiente de enorme confusão, com os populares a atirarem-se literalmente para o cordão de segurança para cumprimentarem José Sócrates. O repórter fotográfico do DN deu mesmo uma queda aparatosa, sem consequências porque usou como apoio o carro que transporta Sócrates.
"Se não fosses tu Sócrates, o povo morria à fome", gritava um popular.