O secretário-geral do PCP considerou, esta segunda-feira à tarde, que a saída de Portugal do euro não deve ser tabu e que, dependendo das conclusões de um amplo debate nacional sobre o assunto, é preciso criar condições para o povo pronunciar-se.
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À porta das oficinas municipais, em Santiago do Cacém, Jerónimo de Sousa defendeu que "é preciso uma grande debate nacional, sem conclusões de forma apressada e antecipada". "Mas é sim ou não?", apelou, inclinado claramente para a primeira opção. O candidato da CDU falava a propósito de uma entrevista ao Público em que defendeu que "mais cedo ou mais tarde" Portugal terá de sair da moeda única.
"Esse debate deve ser feito na sociedade portuguesa, abrangendo vários sectores", disse ainda, acrescentando que com base nessa discussão e "nas conclusões mais destacadas", será necessário "permitir que, depois, se dê a palavra ao povo".
Proposta do PSD contestada
Jerónimo advertiu , ainda, para o risco de expulsão por parte do "directório" comunitário e disse que Portugal deve negociar "enquanto é tempo", insistindo na renegociação da dívida.
O encontro com trabalhadores municipais foi, igualmente, aproveitado para criticar a proposta do PSD, que passa pela entrada de um funcionário por cada cinco que deixem a Administração Pública, inclusive a local. "Eles querem reduzir ao mínimo para aumentar a exploração", atacou, garantindo que os trabalhadores já são poucos.
