<p>Em Junho do ano passado, o treinador português José Peseiro sentiu na pele a força da Coreia do Norte. Seleccionador da Arábia Saudita, precisava de vencer o adversário de Portugal, em casa, para se apurar para o Mundial 2010. Empatou...</p>
Corpo do artigo
Portugal derrotou a Coreia do Norte, no Campeonato do Mundo de 1966, e, de então para cá, as duas selecções não mais se defrontaram. O saldo é totalmente favorável às quinas. No entanto, há um português que provou, fez na passada sexta-feira um ano, o veneno dos coreanos.
Depois de chegar à liderança da equipa nacional da Arábia Saudita, com a campanha de qualificação para o Mundial 2010 em andamento, José Peseiro encetou uma boa recuperação e, no último dia, apenas precisava de bater os norte-coreanos para colocar os sauditas no grande certame do futebol mundial. A selecção da casa atacou, atacou, mas a Coreia do Norte nunca se desuniu. Segurou o empate e festejou o apuramento. A equipa de Peseiro ainda disputou o “play-off”, mas cedeu, frente à Nova Zelândia.
“Os pontos fortes deles são a organização e a resistência emocional. Jogam, em muitos momentos, com duas linhas defensivas e todos atrás da bola. Depois, conseguem, mesmo atacando com poucos, criar perigo nas transições ofensivas”, explica Peseiro.
O cumprimento impecável da estratégia está intrinsecamente ligado à realidade social do país. “Escolhem um caminho e, mesmo que estejam a perder, não o alteram, não se expõe. Jogam como se não houvesse amanhã”, confirma o treinador. Mas há formas de dar a volta ao adversário das quinas no Grupo G. O técnico aconselha velocidade. “Se Portugal conseguir jogar nos espaços e fazer uma boa circulação de bola, pode desequilibrá-los. Mas tem de ser tudo feito com muita rapidez”, sublinha.
José Peseiro, que foi adjunto de Carlos Queiroz no Real Madrid, encontra-se na África do Sul, esteve em Magaliesburg e até já passou informações importantes, como relatórios de jogos dos norte-coreanos, ao seleccionador nacional. Definitivamente, tudo o que Peseiro não quer é perder duas vezes com a Coreia do Norte, uma como treinador e outra como português...