<p>Sócrates terá o apoio de Luís Figo, Ferreira Leite conta com o fundador do PSD, Pinto Balsemão, e Portas com o histórico Nogueira de Brito. Marisa Matias vem de Bruxelas por causa de Louçã e Jerónimo Sousa divide o palco com Agostinho Lopes. </p>
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Nas últimas 24 horas da campanha para as eleições legislativas, os líderes partidários despedem-se das intervenções de apelo ao voto, acompanhados por figuras conhecidas do respectivo partido.
A excepção ocorre com José Sócrates que, depois de ter na caravana socialista os fundadores do PS, Mário Soares e Almeida Santos, anunciou ontem "o maior orgulho e a maior honra" em ter apoio de Luís Figo. Além de célebre futebolista também foi cliente do agora nacionalizado BPN (Banco Português de Negócios).
Já Manuela Ferreira Leite que ao longo da campanha, contou com Alexandre Relvas, Amândio de Azevedo e Silva Peneda, terá a seu lado na acção de encerramento em Lisboa, o fundador do PSD e dono da SIC, Francisco Pinto Balsemão.
Questionado sobre que trunfos possuem os sociais-democratas para responder às sondagens mais recentes que atribuem uma vitória clara ao PS, o director de campanha e líder da distrital do PSD/Porto, Agostinho Branquinho contrapõe: "O nosso trunfo são os portugueses. Nas europeias as sondagens também davam o que davam".
Em relação à mensagem, José Sócrates pede, nesta recta final, uma "concentração de votos", por o PS ser "o referencial de estabilidade" na política portuguesa.
A presidente do PSD não apela deliberadamente ao "voto útil" - que serviu de inspiração a um "post" de Pacheco Pereira no seu blogue Abrupto -, mas deixa aos eleitores o mesmo repto ao dizer que "o voto no PSD é decisivo" - "para retirar o PS do Governo", completa Agostinho Branquinho.
Já Paulo Portas - depois do apoio de Lobo Xavier dado terça-feira em Aveiro - anda ufano por ter tido ontem a seu lado os seus dois eurodeputados, Nuno Melo e Diogo Feio. Além do histórico dirigente, Nogueira de Brito.
Ontem, foi enviado um SMS a 20 mil militantes e apoiantes do CDS-PP, com a seguinte rogação: "Ajude-nos ajudem a ficar à frente do BE e do PC. Nacionalizações, aumento de impostos e ataque às poupanças pessoais dão cabo da economia. Assim não se gera confiança nem emprego. O CDS tem de ser a terceira força. Reenvie a + 20. Obrigado, PP".
Depois do momento alto que foi o comício no Porto e do apelo ao voto nos candidatos autárquicos da CDU, em Santarém, o líder comunista vai partilhar o palco do último dia com o cabeça de lista por Lisboa, Agostinho Lopes.
Jerónimo de Sousa, cuja entrevista aos "Gato Fedorento" na SIC foi considerada a mais divertida, contou nesta campanha com duas presenças sindicais de peso: a do secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva e o líder da Fenprof, Mário Nogueira.
Orgulhosamente só andou Francisco Louçã. Joana Amaral Dias - que foi afastada da direcção do BE na última convenção - apareceu discretamente na primeira acção, dia 13 , em Lisboa, bem como Daniel Oliveira, um crítico da actual mesa directiva .
Os protagonistas locais foram os cabeça de lista de cada distrito - com destaque para o sociólogo José Manuel Pureza, em Coimbra e o historiador Fernando Rosas, em Setúbal. E soube-se depois que a eurodeputada Marisa Matias, a segunda da lista do BE nas europeias acompanharia na recta final, o dirigente bloquista.