O líder do BE assumiu hoje a derrota do partido no Porto e considerou "extremamente difícil" a eleição de Luís Fazenda em Lisboa, notando que em termos nacionais o partido conseguiu "uma votação expressiva e uma subida importante".
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"Na política deve assumir-se com clareza os resultados", afirmou Francisco Louçã na sua intervenção no Fórum Lisboa, assinalando que com os resultados existentes "não será possível a eleição" de João Teixeira Lopes como vereador no Porto.
"Quero registar essa derrota e sublinhar a importância da campanha política que foi feita por todos os activistas na cidade", declarou, referindo que em Lisboa "os votos não estão ainda contados e portanto é impossível antecipar os resultados das freguesias mais importantes".
No entanto, o coordenador do BE não quis deixar de "registar que com os dados actualmente disponíveis será extremamente difícil" a eleição de Luís Fazenda.
"[O objectivo do partido] Não foi alcançado no Porto e dificilmente é alcançado em Lisboa", acrescentou.
No plano nacional, Francisco Louçã assinalou que o BE "manteve a votação que lhe deu a maioria na câmara de Salvaterra de Magos, que é dirigida por uma equipa de independentes" e que "conseguiu uma votação expressiva e uma subida importante - que oscila entre uma subida de 10 por cento e de 20 por cento - tanto nas eleições para as câmaras municipais, como para as assembleias municipais e juntas de freguesia".
"Onde o BE partilhava responsabilidade no governo municipal, com a eleição de vereadores, confirmou esta eleição ou reforçou-a, tendo eleito mais vereadores", continuou.
Repetindo o que disse "muitas vezes" na campanha, Louçã defendeu que o BE "está a aprender na intervenção autárquica e assim se confirma".
"Temos muito que aprender, muito caminho que fazer, muita implantação para conseguir, muito enraizamento para desenvolver e vemos estes resultados com toda a humildade, confirmando o enorme trabalho que o BE tem pela frente", disse.
No final, Louçã afirmou que o BE insistirá "num combate para criar uma esquerda política alternativa que não se resume, nem aceita que a política do país se resuma à bipolaridade entre o PS e o PSD".