Francisco Louçã pediu o "reforço de uma esquerda de combate". O líder do BE, que falava em Santa Maria da Feira, disse que "abandonar os nossos e avançar com o despedimento sem justa causa" é "intolerável". E centrou os ataques ao PS para piscar o olho aos muitos indecisos que as sondagens revelam.
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Disse, assim, perceber o "desânimo com a política" para logo avançar com a ideia de que a abstenção "nunca ajudou os trabalhadores ou defendeu o SNS ou a escola pública".
Louçã disse que o último dia da campanha vai fazer diferença para o BE levantar a voz dos jovens.
Avançou como segunda razão para votar no BE o facto de Sócrates "nada ter dito sobre a contrapartida em matéria de aumento de impostos para compensar a redução da TSU".
Recusou, ainda, a tese de que Portugal tem de aceitar e disse "que uma economia responsável pode renegociar os seus juros". Negou que a única solução seja o "abismo de uma economia contra as pessoas".
Louçã defende que se deve também votar no BE para se recusar a pior solução, que "é ficar com um pais em recessão". Ou seja, "habituem-se a viver com o mal menor", denunciou como se Portugal tivesse um Fado.
Por fim Louçã garantiu que o BE "vai à luta" e falando directamente aos desiludidos do PS lembrou que a Grécia vai agora aumentar pela quinta vez impostos "recusando a crueldade contra a economia".
Luís Fazenda, vice-presidente do Parlamento, falou na "campanha de afectos do BE" e disse mesmo ter-se chegado "ao grau zero da utilidade do PS".
E enfatizou; "é quando não há vento que é preciso pegar nos remos!".
Abordou, ainda, a questão da redução "drástica da TSU" para criticar partidos como o CDS, PSD e PS que em seu entender "têm uma agenda oculta". E denunciou que dentro de dois meses Portugal vai ter um novo Código Laboral e o princípio da justa causa vai ser abolido. Uma matéria que, frisa, "é inconstitucional e uma reversão dos direitos e cidadania".
"Não aceitaremos a abolição do princípio da justa causa de despedimento!" - disse, adiantando que está a ser lançada "a semente para uma grande luta".
Pedro Filipe Soares - actual deputado e cabeça de lista por Aveiro - assegurou ter feito uma campanha "de peito aberto e olhos nos olhos". Uma campanha que em seu entender "chegou a todos os eleitores" que se vão pronunciar a 5 de Junho.
Assegurou que em 2009 "valeu a pena "eleger um deputado" e passou a pedir um "segundo mandato no próximo domingo". Lembrou ainda os "despedimentos preventivos de 198 trabalhadores "feitos por Américo Amorim, isto ainda antes da crise económica se instalar.
Denunciou a vinda a Aveiro do ex-ministro da Economia Manuel Pinho que esteve no distrito a defender um bloco central e a apelar ao voto nos socialistas.
Já Odete Costa, número dois por Aveiro assegurou que o Bloco era a "força que lutava com as pessoas e pelas pessoas". Recordou a luta pela descriminalização da Interrupção Voluntária da Gravidez que pôs fim à "humilhação das mulheres".
Passou a abordar a questão da precariedade laboral que afecta com especial virulência o distrito. E voltou a denunciar "as provas de submissão dos partidos da troika aos interesses da banca".
Em alternativa a uma vida adiada a candidata do BE 'avança' com a proposta para se terminar com os fim dos recibos verdes.
Celso Cruzeiro mandatário do BE por Aveiro disse que este "recebe a herança de todos os que sacrificaram para que Portugal tivesse um regime de Liberdade".
Frisou que a base do BE "é a luta pela liberdade com solidariedade".
Ana Maria Pereira - independente pelo BE pelo distrito de Aveiro - foi a primeira oradora da noite e fez um apelo à solidariedade e à participação cívica de todos.
Lembrou que me Santa Maria da Feira vive o homem mais rico de Portugal sem que isso impeça muitos de terem de sair da sua terra para fugirem ao desemprego.
Terminou com um pouco usual "Viva Portugal! Viva o BE! Viva a Liberdade!"