Francisco Louçã denunciou esta sexta-feira que o acordo assinado pelo PS, PSD e CDS com a troika implica uma violação da Constituição portuguesa no que respeita à facilitação dos despedimentos.
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O líder do BE que reuniu com diversos dirigentes sindicais e elementos das comissões de trabalhadores de algumas das mais importantes empresas do Porto frisou que até Gomes Canotilho - reputado constitucionalista ultimamente perto do PS - já veio publicamente admitir que as mudanças da lei laboral que se aceitou que a troika impusesse a Portugal violam claramente a lei constitucional.
Mas o líder do BE diz que não se pode deixar de lutar. Dá como bom exemplo o caso dos 70 precários da Metro do Porto que foram integrados na empresa depois do BE feito uma queixa na Autoridade das Condições de Trabalho (ACT).
Respondendo a muitas das questões feitas por vários sindicalistas e activistas das comissões de trabalhadores o líder do BE abordou ainda a questão do BPN.
"A investigação da Justiça avança corajosamente a passo de caracol" ironizou Louçã . Lembrou que parte dos factos estão relacionados com figuras poderosas como Oliveira e Costa e Dias Loureiro que integraram várias pastas governamentais. Defendeu que para prevenir este tipo de problemas e para a Justiça ter maior rapidez em caso de ilícito o país devia ter um registo de todas as transferências internacionais de capitais.
Na reunião entre preocupações e dificuldades destacou-se o delegado da Sonae Logística que falou em clima de "perseguição aos trabalhadores". E desmentindo declarações de Paulo Azevedo disse que o seu salário era de 529 euros quando o gestor diz que estes rondam os 800 euros.