No último dia de campanha eleitoral, Francisco Louçã está no Porto e, esta manhã, visitou o museu de Serralves.
Corpo do artigo
No final de uma visita à exposição, o líder do Bloco de Esquerda revelou “grande confiança” para o confronto eleitoral. “Chegamos ao fim desta campanha com um resultado extraordinário, como nunca antes. É o princípio de um dia novo para a esquerda portuguesa”, disse.
Uma coisa é certa: não coloca o cenário de maioria absoluta do PS e isso sim será a verdadeira vitória do Bloco. ”Se houver maioria absoluta o Bloco de Esquerda não alcançou o objectivo a que se propôs”, realçou.
Na noite de ontem, no comício de Santa Maria da Feira, o candidato colocou a fasquia eleitoral em meio milhão de votos. “É essa a expectativa. Isso trará rigor, democracia e responsabilidade, que tem faltado no país”, disse, para, no entanto, assegurar: “Iremos ter os votos que merecemos e respeitamos o eleitorado”.
Em jeito de balanço, Francisco Louçã disse que o Bloco de Esquerda está “confortável e confiante” porque o PS colocou o partido “no centro do confronto”. E assumiu sem rodeios: “o PSD não é alternativa nestas eleições. A alternativa é esquerda ou maioria absoluta. A disputa não foi entre o PS e o PSD, mas sim entre o PS e o Bloco”.
Por fim, e questionado, mais uma vez, sobre os esclarecimentos que pediu a Cavaco Silva, sobre as eventuais escutas a Belém, Louçã foi peremptório: “O assunto só ficará encerrado quando o Presidente da República falar. Era importante prestar esclarecimentos para encerrar o assunto com toda a clareza”, disse, destacando que “seria normal que o Presidente falasse no dia da República”.