Antítese da estrela de rock habitual, Vito Roccoforte faz da simpatia o seu cartão de visita. O baterista que nunca larga o sorriso foi um dos dois fundadores dos Rapture, grupo surgido na reta final da década de 90 que se estreia finalmente nos palcos portugueses já quinta-feira.
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Estão em digressão há quase um ano. Não há cansaço?
Nenhum. Esta digressão está a ser especial. Sinto que os concertos têm crescido desde o início. E a resposta do público tem sido fantástica.
Com um ritmo tal de concertos, a dada altura já nem devem saber onde estão a atuar...
Cada público é diferente e os locais também. Até por isso, não há nenhuma saturação da nossa parte.
É verdade que os públicos latinos são mais expansivos?
Em termos gerais, sim, mas ainda agora viemos da Alemanha e tivemos um público incrível lá. Acho que isso depende mais da cidade do que do país.
Porque nunca atuaram em Portugal?
Estamos em dívida para com os nossos fãs portugueses. Por duas vezes tivemos concertos agendados e, à última hora, tivemos que cancelá-los. E logo nós, que raramente desmarcamos. Numa dessas vezes, o culpado fui eu. Apanhei uma infeção alimentar em Londres na véspera de apanharmos o avião para Portugal.
Vão querer redimir-se dessas falhas?
Sem dúvida. Mal podemos esperar pelos concertos que vamos ter no Porto e em Lisboa. Não conheço o país, mas já ouvi dizer que o Porto é lindíssimo. Por sorte, vamos ter um dia de folga depois do concerto. Vai dar para conhecer um pouco a cidade.
Quando apareceram, há uma dúzia de anos, a cena musical nova-iorquina atravessava um período áureo. E agora?
Continua a haver dinâmica. É incrível ver como um quarto das bandas de qualquer festival são de lá. Mas nessa altura em concreto havia, de facto, uma pujança incrível. Apareceram os Strokes, Yeah Yeah Yeahs, os TV on the Radio... Bons tempos. v