Movimento de cidadãos apoia eventual candidatura de Rui Moreira à Câmara do Porto
Centena e meia de personalidades do Porto subscrevem um manifesto lançado, esta sexta-feira, e associado a uma eventual candidatura de Rui Moreira à presidência da Câmara.
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Os ex-ministros em governos PSD Luís Valente de Oliveira e Arlindo Cunha, Daniel Bessa, que integrou um governo PS, os sociais-democratas Artur Santos Silva e Miguel Veiga e o ex-deputado do CDS/PP António Lobo Xavier são alguns dos subscritores do manifesto.
O empresário Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto e autor de inúmeros artigos sobre o Porto e o Norte, afirmou em 19 de janeiro, numa entrevista à agência Lusa, que está a construir uma "candidatura independente" à Câmara do Porto.
Na mesma entrevista, disse ainda que só não se assume já como candidato por estar a equacionar as possibilidades de vitória, mesmo avançando "livre da lógica dos diretórios partidários".
O documento que hoje será tornado público é um apelo aos portuenses para aderirem ao "Dar o Porto ao Manifesto", um "movimento de pessoas que reconhecem e assumem a sua responsabilidade. Com garra e com vontade. A vontade de afirmar o Porto como metrópole influente, em rede com a região, projetando o polo mais dinâmico do país".
"Vem fazer parte deste grupo, desta vontade, deste movimento! Manifesta-te, dá um manifesto ao Porto, dá o Porto ao Manifesto", apela ainda o documento, que começa hoje a ser distribuído junto da população por volta das 13:00.
O texto remete os portuenses para o blogue "daroportoaomanifesto.blogs.sapo.pt", no qual podem aderir ao movimento que pretende vir a apoiar a eventual candidatura de Rui Moreira.
O manifesto, de apenas uma página, inclui vários tópicos para debate, nomeadamente sobre a necessidade de a cidade ter "contas certas, à moda do Porto", no âmbito da qual considera que se deve "consolidar a prática de boas contas (...), respeitando os contribuintes, honrando o bom nome, viabilizando o futuro".
Defende ainda um "Porto porta-voz", que dê "voz firme, exigente e sensata à defesa das valências da cidade e da região frente ao poder central, sempre em nome da coesão nacional".
O movimento pretende promover uma "Geração Cidadania", um conceito que visa "trazer os cidadãos para a cidade, recriar a cidade para todos, juntando a regeneração urbana às políticas sociais e combatendo sem tréguas os focos de pobreza".
Sob o lema "O Porto Moda. O Porto Muda", o movimento de apoio à eventual candidatura de Rui Moreira -- que remete uma decisão sobre o assunto para finais de fevereiro -- defende a necessidade de "atrair investimento, chamar negócios, gerar emprego. Promover a cidade, fora e dentro, como espaço de negócios, iniciativa e concorrência, até porque o investimento estatal é cada vez mais escasso e injusto".
O manifesto defende ainda a valorização da "marca Porto em todas as dimensões, pondo em rede e criando uma aliança estratégica das instituições universitárias, religiosas, culturais, associativas, desportivas e recreativas.
"Somos nós quem faz o Porto", lembra o movimento, salientando a importância de "fomentar as boas práticas cívicas, melhorar a qualidade de vida e combater a insegurança", assim como de "reforçar o Porto intergeracional, aberto e cosmopolita, confortável para os mais velhos e interessante para os mais novos".
O manifesto é subscrito por nomes de várias áreas profissionais, culturais e sociais, como o 'chef' Hélio Loureiro, os 'designers' e professores nas Belas Artes Eduardo Aires e Francisco Laranjo, o estilista Nuno Gama e o diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, entre vários outros.