E Nani foi mesmo embora. O extremo abandonou, ontem, o quartel-general da selecção em Magaliesburg. "Não posso ajudar a equipa, por isso, decidi que seria melhor regressar a Portugal para continuar a minha recuperação", revelou.
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"De coração partido". É este o sentimento de Nani, confessado, pelo próprio, ao site da Gestifute, empresa que gere a carreira do internacional luso. O jogador do Manchester United abalou ontem, ao final do dia, para Portugal, e deu conta da frustração sentida depois de saber que não recuperaria a tempo do Campeonato do Mundo. "Não há palavras para descrever o que senti. Foi um pesadelo que nunca pensei viver", afirmou, confirmando que sofreu a lesão na sequência de um pontapé de bicicleta.
Recuperar a tempo do arranque da época 2010/11 é, agora, a grande prioridade de Nani, embora garanta estar "a sofrer e a vibrar" e acredite que a selecção vai conseguir "o objectivo final".
Simão sem garantias
Com a saída de Nani, a titularidade de Simão no jogo com a Costa do Marfim apresenta-se quase como uma certeza. No entanto, o extremo do Atlético de Madrid não pensa dessa forma. "Estamos cá 23 jogadores. Há colegas com muita qualidade que também podem actuar na minha posição. A experiência internacional não me garante nada", observou. O sub-capitão das quinas sublinhou a "excelente relação com Cristiano Ronaldo", admitindo alguma "ansiedade", à medida que se aproxima a estreia no Mundial.
O terceiro jogo da fase de grupos, com o Brasil, potencialmente decisivo nas contas do apuramento para os oitavos-de-final, não assusta o extremo. "Queremos é estar bem frente à Costa do Marfim. Esperamos estar já apurados quando defrontarmos o Brasil, mas já lhes ganhámos noutras ocasiões", terminou, acrescentando que, depois de passar aos oitavos, a equipa lusa gostava de evitar a Espanha.