O eurodeputado e ex-candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel, acusou José Sócrates de ser "o homem do rosto do medo em Portugal" e desafiou os portugueses a não terem medo do líder do PS.
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"Não há que ter medo do medo que nos mete José Sócrates", disse, quinta-feira ànoite, num regresso do discurso do medo à campanha do PSD, que tem vindo a ganhar força nos últimos dias. O eurodeputado do PSD lembrou que o actual primeiro-ministro "levou Portugal à bancarrota".
"Foi ele que nos pôs nesta situação desgraçada em que nos encontramos" e que terá consequências durante muitos anos, frisou, lembrando aos sociais-democratas que têm o "imperativo ético" de passar essa mensagem a todos os que conhecem para que a 5 de Junho José Sócrates seja "despedido" e o PSD ganhe as eleições, como acredita que irá acontecer.
À tarde, durante uma arruada em Macedo de Cavaleiros, Rangel mostrou-se confiante que "vai haver uma grande surpresa" no dia 5 de Junho" e que o PSD vai ganhar as eleições "com uma diferença assinalável", recusando impor uma fasquia a Pedro Passos Coelho.
No jantar com apoiantes, em Bragança, Passos Coelho voltou a dizer que acredita na vitória, mas pediu aos portugueses para que "não façam depender o próximo Governo de arranjos e arranjinhos de quem não teve até hoje competência e sentido de Estado para cumprir os seus compromissos".
Na companhia do cabeça de lista Francisco José Viegas, Passos não fugiu a um dos temas mais incómodos para o distrito e falou da necessidade de haver portagens nas SCUT. "Não venho aqui fazer demagogia para conquistar votos baratos porque não pode ser tudo à borla", disse, admitindo contudo que podem existir descontos nas regiões que são mais atrasadas economicamente. "Mas nunca faremos como os socialistas fizeram, é tudo à grande, tudo à borla, porque depois vão pedir dinheiro ao FMI", apontou.