O candidato independente à Câmara Municipal do Porto, Nuno Cardoso, quer transformar a cidade numa "plataforma institucional de cooperação" com o espaço Lusófono e tem por objetivo "recuperar" o "orgulho" na região "perdido nos últimos 12 anos".
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À margem de uma visita à Reitoria da Universidade do Porto, o antigo presidente da autarquia portuense e recandidato ao cargo disse, esta quarta-feira, também querer fazer do Porto "líder" da região Norte e o "farol" de Portugal para a saída da crise.
Cardoso, que acompanhava o embaixador em Portugal da Guiné Equatorial, José Dougan Chubum, e o candidato à presidência da República da Guiné-Bissau, Helder Vaz, apelou à "união" dos portugueses "pelo povo mártir" da Guiné-Bissau.
"A autarquia do Porto deve ser a plataforma institucional de cooperação entre o Norte de Portugal e estes dois países de África. Deve dar o suporte institucional à cooperação e ajudar ao comércio entre o Porto e a região Norte com a Guine Equatorial e Guiné-Bissau", disse.
Além das relações com aqueles dois países, o candidato disse querer transformar o Porto numa "grande plataforma de cooperação comercial com todo o espaço lusófono".
Até porque, apontou, "é a partir do Porto que o país se vai reabilitar, tem sido sempre assim no passado, sempre que o país entra em crise é o Norte de Portugal que ajuda a sair da crise".
Por isso, Nuno Cardoso apontou como objetivo que o Porto assuma um lugar cimeiro na recuperação económica de Portugal.
"Fazer com que o Porto e o Norte de Portugal sejam de novo o farol da economia nacional e que ajudem o país a sair da crise, é o que pretendo", disse.
Para isso, explanou, "é necessário relançar o Porto para a dimensão que este merece, recuperar esse orgulho e reconhecimento do país que se perdeu nos últimos 12 anos".
Segundo o candidato "a região definhou, o Porto definhou, é o campeão do desemprego".
O candidato referiu ainda que países como a Guiné-Bissau e a Guiné Equatorial são "saídas" para a crise que as empresas da região enfrentam.
"São países cheios de potencial económico, com muitas carências na área da saúde, desenvolvimento económico. Estão muito abertos a cooperar na área industrial. Na Guiné-Bissau está tudo por fazer. São oportunidades para as empresas ajudarem a construir uma nova Guiné", apontou.
Nuno Cardoso apelou ainda à "união" em torno do "povo mártir" da Guiné-Bissau.
"O norte de Portugal deve ser também uma plataforma de cooperação para o desenvolvimento desse povo que continua, coitado, desesperado pelo desenvolvimento que não passa por aquela terra", referiu.
Nuno Cardoso concorre a 29 de setembro à autarquia do Porto contra Luís Filipe Menezes (PSD), Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE) e José Manuel Costa Pereira (PTP).