Perto de 25 mil pessoas assistiram ao segundo dia do Primavera Sound, que conhece o seu encerramento no Parque da Cidade esta madrugada. Rufus Wainwright e Yo La Tengo deram o mote.
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É fácil não gostar de Rufus Wainwright. Dos seus tiques de vedeta, dos maneirismos excessivos e até da forma como alisa o cabelo de cada vez que se mexe. Mas, embora não seja exatamente o ser mais adorável do Planeta, talento é o que não falta a este músico que aspira a ser reconhecido como grande compositor clássico.
Ao final da tarde de sexta-feira, o muito público já presente (aguardavam-se perto de 25 mil até ao final da noite) pôde presenciar uma atuação plenamente conseguida da autoassumida 'prima donna' da pop. Por entre elogios frequentes à cidade do Porto ("uma das mais bonitas que conheço"), livrarias portuenses e surfistas locais, Rufus apagou a má imagem deixada há dias na primeira etapa do 'Primavera' em Barcelona.
Os Flaming Lips, banda com um sólido culto em Portugal desde um célebre concerto em Paredes de Coura em 1998, também estiveram em palco.
Abertura lusitana
Os Linda Martini apresentaram-se com a garra e a energia habituais, mas porventura mais desinspirados do que é norma. Apesar dos inevitáveis 'mosh' e 'crowd surfing', o concerto esteve longe de ser convincente.
Logo a seguir, os We Trust trouxeram a sua pop vagamente romântica e ensolarada, que, embora não tenha desiludido os fãs, não terá alargado por aí além a sua base de seguidores.