O líder do PSD voltou, esta sexta-feira, ao assunto do concurso público internacional lançado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) para acusar o Governo e o PS de "achar que o Estado lhe pertence".
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"Isto tem de acabar. Nós não podemos fazer de conta que há Democracia, que há Estado de Direito", disse, referindo-se ao concurso público lançado no Diário da República, no dia 30 de Março, no valor de 1,2 milhões de euros, para a prestação de serviços de consultadoria jurídica à ANSR e que foi ganho pela Universidade Católica Portuguesa..
"Responderam que é assim desde 93: lançam o concurso mas só aquela universidade é que concorre. Porque é que não concorre mais ninguém? Se é assim porque é que fazem concurso?", questionou, num almoço com apoiantes em Chaves, onde tirou apenas uma conclusão.
"Julgam que o Estado lhes pertence, isto tem de acabar", disse, voltando a um caso que levantou ontem na campanha e que já motivou uma exigência de pedido de desculpas por parte do Ministério da Administração Interna. Hoje de manhã, em Vila Real, distrito por onde é cabeça-de-lista, Passos recusou fazê-lo.
"Quando José Sócrates pedir desculpas aos 700 mil portugueses que ficaram sem trabalho e a toda a gente que ficou mais pobre a passar dificuldades, nós depois falamos da maneira como o país tem sido governado", declarou o líder do PSD no final de uma visita ao mercado de Vila Real, onde hoje está a fazer campanha.
Ao almoço, Passos Coelho voltou a dizer que confia numa "larga vitória do PSD nestas eleições" mas lembrou que "o país precisa de um governo que seja ganhador para Portugal". "Não quero uma partilha tal de responsabilidades que não se saiba quem decide e quem responde pelo que tem de ser feito", disse, apelando aos apoiantes para que passem a mensagem.