Augusto Santos Silva exigiu, esta sexta-feira, em Guimarães, que Pedro Passos Coelho diga claramente se condena ou não os incidentes de quinta-feira à noite no comício do PS em Faro.
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"O líder do PSD tem a tarde de hoje - e já vai tarde - para dizer se condena ou não os incidentes provocados contra um comício do PS; para dizer se acha que tinham algum direito de o fazer; e se acha que essas pessoas que boicotaram foram maltratadas. Se achas que sim é porque não entende bem o que é a liberdade, o direito de associação, não entende bem o que é a democracia", afirmou o ministro da Defesa, durante um almoço no Pavilhão Multiusos de Guimarães.
Santos Silva entende que reacção já proferida por Passos, que lamentou os incidentes da véspera, que resultaram numa pessoa detida, não chega. "Não pode haver lágrimas de crocodilo", disse, acrescentando que a campanha tem sido dirigida "sistematicamente contra o PS e o líder do PS, que recorre ao insulto pessoal".
O dirigente socialista apelou, ainda, aos partidos da Direita e, em particular, à Direcção do PSD para que abandone de vez a "lógica de ataques pessoais", por forma a que incidentes como o de Faro não se repita.
José Sócrates, que não se referiu directamente aos incidentes, falou da necessidade de uma campanha com "nobreza, elevação e sobriedade", em contraponto com os que, durante seis anos, "têm feito uma campanha de ódio". "Quem faz campanha de insultos está a atacar a democracia e o povo português", acrescentou, já com a voz rouca.