O líder do PSD arranca amanhã, sábado, a pré-campanha para as eleições de 5 de Junho com uma visita-relâmpago a quatro ilhas dos Açores - Pico, Faial, Terceira e São Miguel - e aposta numa campanha de rua, com "muito contacto com as pessoas".
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Da volta a Portugal de Pedro Passos Coelho fica apenas de fora a Madeira, mas Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, garante que isso tem apenas a ver com o facto de o líder do PSD ter estado recentemente no Funchal no encerramento do congresso regional do partido. "Não é sequer uma questão de incómodo, até porque é visível que as relações hoje são óptimas, o clima é muito temporado", disse, num encontro com jornalistas, garantindo que "não há qualquer problema" com o histórico líder regional, Alberto João Jardim, com quem, no passado, Passos Coelho teve públicos desentendimentos.
A pré-campanha do PSD arranca nos Açores e tem, no domingo à tarde, um ponto alto com um encontro com comunidades imigrantes na Amadora e com uma festa popular, ao fim do dia, na Brandoa.
Segunda-feira, o líder do PSD estará pelo distrito de Lisboa, quarta-feira vai para Faro e quinta estará em Beja. Depois deste périplo pelo Sul do país, a campanha oficial, que arranca no domingo 22, começa em Leiria e segue para o centro e Norte do país. O fecho da campanha, no dia 3, será em Lisboa.
O PSD não revela ainda em pormenor todo o programa, mas o secretário-geral adianta que a prioridade será o contacto de rua e que, no terreno, Passos Coelho será várias vezes acompanhado por "personalidades da vida pública portuguesa", independentes e filiados no PSD, que discursarão nos jantares-comício, recusando-se a revelar nomes.
De acordo com Miguel Relvas, o orçamento da campanha do PSD ronda os 1,9 milhões de euros, fruto de um corte de mais de 1,5 milhões em outdoors. "Os brindes também foram reduzidos a uma esferográfica e a papel", disse, garantindo que esta campanha terá "muito menos materiais de propaganda".
O coordenador nacional da volta de Passos Coelho é José Cesário, deputado do PSD eleito pela imigração e ex-secretário de Estado das Comunidades no governo de Durão Barroso.