O líder do PSD disse esta noite, sábado, num comício, em Almada, que "o próximo Governo não pode falhar" e pediu "um grande apoio da sociedade portuguesa" para que possa formar um Governo "forte, capaz e coerente".
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Pedro Passos Coelho voltou a dizer que o Governo de José Sócrates "já não está a cumprir com o objectivo que está assinado com a troika" e lamentou que "o Governo não tenha a decência" de o dizer.
"É ao contrário: vangloria-se de que baixou o défice, mas foi porque os portugueses pagaram impostos, não foi porque o Governo tenha cortado na despesa", disse, referindo-se aos números da execução orçamental ontem revelados, tal como já fizera no debate com o primeiro-ministro demissionário.
"É por isso que este ciclo político chegou ao fim, acabou. Não podemos continuar a ter um Governo que não cumpre, que não gera confiança em nome de Portugal em todo o mundo", disse, garantindo que se as metas do acordo com a troika não forem cumpridas "ninguém nos vai renovar crédito lá fora".
"Se a cada três meses não formos capazes de cumprir, e até surpreender, aqueles que nos emprestaram dinheiro, esses dirão que há limites para a solidariedade", inistindo que "o país não pode falhar" e que precisa de "um Governo forte, capaz e coerente" que dê um exemplo de "contenção e eficiência".
No comício desta noite na Incrível Almadense, Passos Coelho teve o apoio do ex-líder do PSD que elogiou a "linguagem da verdade" e o "risco de ser corajoso" do actual líder, mostrando-se confiante na vitória.
Classificando José Sócrates como "o rei dos alquimistas, demagogo, populista e com uma capacidade única de transformar a realidade", o ex-primeiro ministro usou um ditado popular para antever o que acredita que irá acontecer a 5 de Junho. "Na primeira todos caem, na segunda só cai quem quer e na terceira só cai quem é muito distraído e o povo portugues já não está distraído", disse.