<p>Paulo Portas reforçou o apelo ao voto no CDS por parte dos “desiludidos com o PS e o PSD”. Num jantar em Mondim de Basto, o líder centrista reiterou que tem recebido na rua muitas manifestações de apoio e pediu para que os eleitores convertam essas opiniões em votos. Repetindo críticas a José Sócrates, o candidato insistiu, ainda, que é “muito importante” ficar à frente do BE e da CDU.</p>
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Perante mais de 400 pessoas, Paulo Portas não deixou em claro a acusação de “racismo social” por parte de Francisco Louçã (BE). “Abri o jornal e vi que o dr. Louçã não estava disponível para falar com as peixeiras e, depois, o racista sou eu?”, perguntou.
Já Nuno Melo, vice-presidente do partido, tratou de responder ao social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa. “Ouvi alguém dizer que o voto no CDS é uma espécie de música celestial. Quem assim diz tem toda a razão. A música celestial, por definição, é boa para os ouvidos. O voto no CDS é um gesto de bom gosto, de boa escolha. O voto no centrão, no PS ou no PSD, isso sim, soaria muito a 'vira o disco e toca o mesmo'”, atirou o eurodeputado do CDS.
Nuno Melo considerou que, "nesta altura, apelar ao voto útil no PSD é uma irresponsabilidade”, até porque o importante “não é saber se o PSD vai ganhar ao PS”, mas “se o PSD e CDS juntos têm, ao menos, mais um deputado do que todas as esquerda juntas”. Reiterando a necessidade de uma vitória do centro-direita, Nuno Melo disse que o bloco central é uma “tentação” bem real, até porque já foi admitida por figuras como os sociais democratas João de Deus Pinheiro e Paulo Mota Pinto e os socialistas Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues e João Cravinho.
“A tentação está lá e cada voto no CDS evita que isso aconteça”, afirmou Nuno Melo.