O líder do CDS-PP contestou hoje, sábado, na Póvoa de Varzim a "política de redução de embarcações" pesqueiras, uma imposição que resulta das negociações comunitárias.
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Esta manhã, após uma reunião com associações locais ligadas ao sector no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas, Portas considerou que Portugal tem que "se habituar a defender os interesses nacionais no quadro das negociações comunitárias".
"Não podemos aceitar, sistematicamente, uma política de redução de embarcações e de destruição económica do sector das pescas" e que está a "deprimir, em termos sociais, as condições de vida dos pescadores", afirmou.
Para o líder democrata-cristão, é preciso também "aprender a fazer coligações com países que tem interesses parecidos" porque só assim se poderá "proteger um sector que faz parte da história de Portugal" e que "tem que fazer parte do futuro do país".
Depois de ouvir as principais dificuldades com que os homens do mar se debatem, Portas criticou ainda o actual Governo por "não dar voz própria às pescas".
"É preciso ouvir as pessoas que trabalham no mar", frisou.
O líder do CDS sentiu ainda, neste encontro, uma "revolta por parte dos pescadores", motivada pela "interferência burocrática e asfixiante, em termos administrativos, que lhes está a reger a vida".
Para a próxima legislatura, Paulo Portas espera que se alterem, nos próximos quatro anos, estas e outras situações, que fazem parte do dia-a-dia dos pescadores".
Depois da visita à Póvoa de Varzim, Paulo Portas viaja até à Madeira para um jantar-festa, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta.