O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou hoje que Portugal vive "uma democracia limitada" porque os titulares dos cargos públicos não se podem exprimir em período de pré-campanha eleitoral.
Corpo do artigo
"Portugal não é ainda uma democracia plena, há leis que já vem desde o 25 de Abril para poder beneficiar quem todos sabem e que impedem os presidentes de câmaras e de governo, os titulares de cargos públicos de ter liberdade de expressão quando, nestes períodos pré-eleitorais, estão numa cerimónia pública', disse na inauguração do caminho municipal de ligação entre os sítios da Achada e Fajã dos Rolos, em Machico.
Para Alberto João Jardim, esta é uma "diminuição da democracia e é isto que todos nós, portugueses, temos que mudar e deixar de estar numa democracia limitada e, aqui, na Madeira, deixarmos de viver numa colónia".
"A Madeira é um território autónomo na República portuguesa e não da República portuguesa', precisou.
Criticou ainda a RTP-M, que classificou de "televisão colonial", "mandada pelo poder colonial de Lisboa", dominada por "uma canalha que só fala de canalhices" e que "não mostra o trabalho feito".
"Trinta anos de trabalho, aqui, a esfalfar, a Madeira ficou mudada, o povo ajudou tanto, e ainda há uma canalha que tenta apagar o trabalho de quem trabalha", concluiu.
Alberto João Jardim inaugurou hoje dois caminhos municipais, um no concelho de Machico e outra no de Ponta de Sol, num investimento total de 1,2 milhões de euros.