A fila chegava quase à estrada quando as portas do Optimus Primavera Sound abriram, pelas 16.30 horas, com algumas nuvens e muitas expectativas, mas sem chuva, com destaque para Suede e The Drums.
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Pedro Sá e Isabel Silva, de 33 e 26 anos respetivamente, compraram bilhete diário para hoje apenas devido à presença de Suede e de Mercury Rev, porque "apesar de o bilhete estar a um preço razoável, não há carteira que resista a tudo".
Malin Nieni, de 22 anos, veio da Suécia de propósito para o evento, tendo conhecido várias pessoas já no Porto, uma das quais a neozelandesa Amrita Pathak, companhia para o dia de hoje. As duas jovens aguardam concertos tão diferentes como os do compositor Yann Tiersen, The Drums, M83 ou Wavves.
Enquanto algumas dezenas de pessoas se dirigiam para os dois palcos principais, sobre o lago do Parque da Cidade, João Abreu e Marta Silva procuravam o melhor local para assentar a manta de piquenique oferecida pela organização do Primavera.
O objetivo da vinda dos dois jovens de Guimarães é imediato: The Drums, para os quais têm muitas expectativas na noite de hoje.
Entretanto, os enormes pórticos de entrada virados para Matosinhos não tinham grandes filas perto da hora em que a primeira banda do festival ia começar a tocar, e o parque para bicicletas gratuito estava vazio. A ideia da Optimus, patrocinadora do festival, era que este fosse um meio alternativo de acesso ao festival, aproveitando as ciclovias existentes na cidade. Por cada bicicleta estacionada a telefónica oferece um euro para o projeto "Um lugar do Joãozinho", do Hospital de São João.
Os primeiros ocupantes do parque, desenhado por Miguel Palmeiro, um designer de Porto, foram um casal de ucranianos montados em duas bicicletas azuis e brancas alugadas.
"Achámos que não havia transportes públicos adequados e por isso optámos pelas bicicletas", afirmou Vladimir "mas sem Putin", o jovem amante da música que se vai ouvir no Primavera, e que encontrou no festival um bom pretexto para "fugir à loucura do campeonato europeu de futebol" que se realiza na sua terra natal.
Por trás do palco Optimus, um par de cisnes percorria o seu caminho calmamente enquanto os primeiros fãs com t-shirts de Suede se posicionavam diante da estrutura.
"Acho que o festival tem uma atmosfera diferente dos outros", disse à Lusa Pedro Sá, para quem o Primavera "para festival urbano parece Paredes de Coura".
Do palco Primavera, os primeiros sons começaram a surgir pouco passava das 17 horas, com os Stopestra, à medida que os primeiros elementos do público se dirigiam quer para assentar na relva quer para assistir ao espetáculo.