O vice-presidente do PSD e recandidato à Câmara do Porto Rui Rio assegurou hoje, segunda-feira, que não está nos seus planos candidatar-se à liderança do partido.
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"Nem de longe nem de perto", afirmou o vice-presidente social-democrata e recandidato PSD/CDS à presidência da Câmara do Porto, no intervalo de uma acção de campanha eleitoral em que contou precisamente com a presença da actual líder do partido, Manuela Ferreira Leite.
Face à insistência dos jornalistas sobre a eventualidade de vir a mudar de ideias, Rui Rio declarou: "Não vejo porquê mudar de ideias. Na normalidade das coisas, não vejo porquê".
"A comunicação social quer sempre coisas peremptórias e absolutas", acrescentou, em tom crítico.
Rio recordou que um dos lemas da sua campanha é "estar com os dois pés no Porto".
"Com isto quis, por um lado, fazer uma crítica à candidata do PS, que está com um pé no Porto e outro em Bruxelas, e, por outro lado, afirmar que cumprirei o mandato, como fiz nos dois primeiros", declarou.
Frisando que está "completamente concentrado nas autárquicas e particularmente no concelho do Porto", o autarca e vice-presidente social-democrata escusou-se a comentar a possibilidade de Marcelo Rebelo de Sousa vir a interessar-se pela liderança do partido.
A possibilidade, entreaberta pelo próprio comentador domingo, na RTP, também não foi comentada por Manuela Ferreira Leite, mesmo quando recordada do facto de, em certa altura, ter dito que gostaria de ver o professor como primeiro-ministro.
Ferreira Leite argumentou que a questão interna do PSD "não é obviamente um problema nacional" nem está, de momento, "na agenda dos portugueses", a braços com "problemas gravíssimos", incluindo o da governabilidade.
A presidente do PSD preferiu concentrar as suas declarações no apoio à recandidatura de Rui Rio no Porto.
"Julgo que os portuenses percebem que ele deve continuar à frente da câmara para continuar esta obra que não está acabada", afirmou.
E deve continuar "com maioria absoluta, obviamente", frisou a dirigente do PSD que acompanhou Rui Rio num périplo entre a sede de candidatura e o Passeio Alegre, no piso superior, descapotável, do autocarro de dois andares habitualmente usado pela candidatura PSD/CDS nas suas acções de campanha.
Comentando essa viagem, disse: Não sei se foi uma experiência radical, mas é, pelo menos, original".