Candidato social-democrata à Câmara de Lisboa desvalorizou o apoio declarado pelo secretário-geral da CGTP-Intersindical à candidatura de António Costa.
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"Tenho muito respeito por Carvalho da Silva, mas é um voto igual a tantos outros. São questões entre o PS e o PCP, mas nem que fosse uma coligação [como a que juntou socialistas e comunistas nas autárquicas para a capital em 2001], eu deixaria de estar convencido que a vitória será na mesma para o nosso lado", afirmou Santana Lopes aos jornalistas.
Apesar de questionado repetidamente sobre o que fará caso não ganhe, o candidato da coligação “Lisboa com Sentido” (PSD, CDS-PP, MPT, PPM) recusa falar em outros cenários que não a vitória, continuando a pedir aos lisboetas que lhe dêem maioria absoluta.
Frisando que à tarde vai apresentar a sua comissão de apoio, que inclui nomes como o ex-ministro do Trabalho Bagão Félix, Santana Lopes põe-se também à margem de discussões sobre a liderança do PSD.
Numa arruada em Campo de Ourique, disse que fará um "duo aprumado" com Manuela Ferreira Leite quando a líder social-democrata se lhe juntar, como se espera, até ao fim da campanha.
Questionado sobre se Ferreira Leite seria capaz de acompanhar o passo largo com que o candidato anda sempre nas iniciativas de campanha, Santana Lopes afirmou que é ele que tem que andar "ao ritmo da doutora Manuela Ferreira Leite".
"Eu é que sou o candidato mas ela é que é a presidente do partido", explicou.
Quanto à presença do líder democrata-cristão, Paulo Portas, que é esperado quinta-feira para andar na rua com a comitiva da coligação Lisboa com Sentido (PSD, CDS-PP, PPM, MPT), afirmou que, por serem os dois tão rápidos, vão "bater o recorde da hora".