Primeiro, um almoço com mais de 1200 pessoas, em Famalicão. Depois, duas arruadas bastante animadas, em Guimarães e em Vizela, também concelhos socialistas.
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Foi com entusiasmo que José Sócrates foi recebido no distrito de Braga, à excepção de um popular que, à chegada da comitiva a Guimarães, lhe atirou, à distância, alguns impropérios. Os apoiantes do PS reagiram com indignação e, rapidamente, o afastaram. A festa lá prosseguiu rua acima, com o líder a distribuir cumprimentos e beijinhos ao som da música animada de bombos e concertinas. Das janelas lançaram-se confétis e nas mãos havia cravos vermelhos.
Entre os apoiantes que seguiam a comitiva, uma das mais animadas era Arminda Fernandes, de 69 anos. "Eu adoro o Sócrates!", confessava, depois de o ter beijado e ficado impressionada com o ar "cheiroso". "Se eu pudesse, votava quatro vezes para ele lá ficar. Ele pôs o país direito. Este homem merece tudo!". E porquê tanta euforia? "Porque ele não buliu nos pobres. Buliu nos ricos, carago!", dizia, sem papas na língua, ostentando na mão uma bandeira e na cabeça um boné do PS.
Na arruada pelo centro histórico havia muitos idosos, gratos pelo que dizem que o Governo fez por eles. "Aumentou-me a reforma em 20 contos (100 euros). Antes eu só ganhava 30 (150). E ainda tenho direito a medicamentos de graça. Só queria que eles me dessem muitos anos de vida com este Governo, seja ele qual for", dizia Josefa Machado, 67 anos.
À festa juntou-se António Magalhães, que há anos preside aos destinos do concelho. "Nós não precisamos de conceitos do passado. Precisamos de gente com genica e com garra. Precisamos de coisas novas e não de gente que rasgue", disse, no Largo do Toural, numa referência velada à líder do PSD. "Dizer mal de tudo e arranjar desculpas de mau pagador é fácil", apontando Sócrates como o líder das "respostas inovadoras".
Quando subiu ao palco, o candidato do PS agradeceu o apoio popular. "Saio daqui mais forte e com mais ânimo para lutar por uma vitória", disse, lembrando que está em causa "uma escolha decisiva": "entre a energia, o à vontade e a ambição e a descrença". Depois, fez perguntas à assistência - "Portugal quer ficar para trás, parado, ou quer avançar?" - e, em jeito de entertainer, insistia: "Não ouvi! Digam-me!". O povo aplaudia, só lamentando que a visita tenha sido "tão curta".