Makukula e Eliseu, que estão entre o sexteto de prevenção, treinam sozinhos para manter a forma.
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Além dos 24 jogadores chamados por Carlos Queiroz para o estágio na Covilhã, há outros seis em condições especiais. Estão pré-convocados para o Mundial, o que implica estarem de sobreaviso para a eventualidade de poderem ser chamados à lista final a ser entregue à FIFA até 1 de Junho. A partir daí, só uma lesão grave pode reabrir as portas da selecção a alguém, e apenas até às 15 horas de 14 de Junho, ou seja, 24 horas antes do primeiro jogo. Mas aqui, Queiroz já poderá escolher quem quiser, pois não está limitado aos excluídos da lista final.
Entre o sexteto de prevenção, cada um tem gerido este período à sua maneira. O avançado Makukula é um dos que levam a situação mais a peito. "A época acabou na Turquia e vou treinar sozinho, em Portugal, até ao fim do mês. Não posso perder a forma", adianta. Apesar da "mágoa" por ninguém da Federação lhe ter dito, via telefone (até à última segunda-feira), que estava na lista dos 30 jogadores enviada à FIFA, ainda tem a esperança de ser chamado. "Não desejo mal a ninguém, porque sei que só com uma lesão terei hipóteses de estar na África do Sul. Mas é lógico que podem contar comigo se houver necessidade. Qual é o jogador que não sonha com um Mundial?". Em declarações ao JN, o luso-congolês não vive, aliás, uma fase tranquila: "Não sei se vou ao Mundial e também ainda não sei em que clube vou jogar na próxima época. Está tudo muito incerto".
Outro avançado, Eliseu, ficará em Espanha até 5 de Junho, por causa da escola dos filhos. "A época no Saragoça está acabada, mas o clube passou-me um plano de preparação individual específico para o caso de ser chamado à última hora. Seria o ponto mais alto da minha carreira", reconhece. Mas já se considera felizardo por pertencer a um lote tão restrito. "Carlos Queiroz é um treinador especial para mim. Foi com ele que me estreei na selecção [10 de Junho de 2009, com a Estónia] e, pelos vistos, continua a depositar confiança em mim", salientou.
O guarda-redes Rui Patrício apenas revelou estar de férias no estrangeiro - "Estou a descansar, não quero falar nada" -, mas sublinhou estar inteiramente disponível para representar Portugal.
Rúben Amorim também está fora de Portugal, mas por motivos profissionais. Está ao serviço do Benfica, em digressão por Estados Unidos e Canadá. O regresso a Lisboa está agendado para dia 24.
O mesmo cenário aplica-se a Manuel Fernandes. Vai estar mais duas semanas ao serviço do Valência, não havendo, por isso, o risco de os seus índices físicos registarem uma queda abrupta.
O médio João Moutinho, a grande surpresa dos não convocados, foi o único que recusou dar quaisquer informações.