José Sócrates insistiu, este domingo, nas críticas ao PSD e ao CDS, afirmando que "estalou o verniz entre a Direita, com troca de recriminações mútuas entre os dois partidos".
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Durante um comício, ao final da tarde, no centro de Castelo Branco, distrito pelo qual é cabeça-de-lista desde 1985, o líder do PS disse que o que fica do estalar de verniz "não é bonito para a democracia, nem para o país". "É um espectáculo de sectarismo e intolerância", acrescentou perante uma numerosa plateia que, este domingo, não contou com o contributo de indianos e paquistaneses..
As criticas de José Sócrates prendem-se com a circunstância de tanto o PSD como o CDS-PP não estarem disponíveis para formar governo com o PS após 5 de Junho. Mas o socialista esclarece que o problema não é o entendimento com o PS, "é o entendimento entre os dois partidos da Direita".
"Eles não estão a prestar um bom serviço ao país, não prestaram quando abriram a crise política, nem estão a prestar nesta campanha eleitoral. O que o país precisa é de um clima propenso ao entendimento, ao compromisso", sublinhou.
Depois, voltou a falar na defesa do modelo social europeu defendido pelo PS, em contraponto com as propostas do PSD expressas no projecto de revisão constitucional de Passos Coelho. "Nós queremos a boa sociedade, com mais igualdade, mais tolerância, sem deixar ninguém para trás", disse, voltando a criticar o aventureirismo e a falta de preparação de Passos.
Antes, o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, que por duas vezes "adiou" as eleições para 5 de Outubro, acusou o PSD de, com "as suas políticas ultraliberais, estar mais à Direita do que o CDS e de querer privatizar o que estar feito e adiar o que falta fazer.