Depois de terem atuado no ano passado no Sudoeste, os Two Door Cinema Club voltaram para animar o início de noite no Passeio Marítimo de Algés, com indie rock contagiante que quase fez esquecer os chuviscos.
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Assim que o trio irlandês entrou em palco, o público aplaudiu e ensaiou os primeiros passos de dança, consciente do que estaria para vir. Alex Trimble, de copo de vinho branco na mão, mostrou-se um bom anfitrião, cumprimentando a plateia entre "Sleep Alone" e "Undercover Martyn". A energia em palco cedo contagiou a plateia, que não se furtou a dançar efusivamente ao som "Do you want it all?", "Wake up" ou "Come back home".
Com um punhado de canções com refrães orelhudos e uma energia característica da juventude da banda - cujas idades rondam os 25 anos -, os Two Door Cinema Club provaram que apesar não andarem na estrada há muito tempo sabem como levar uma plateia ao rubro.
Antes, pelo Palco Clubbing passou AlunaGeorge, um dos mais recentes fenómenos da música britânica, em estreia no nosso país. O público não conhece bem o curto repertório do duo composto por Aluna Francis e George Reid, mas "Attracting flies" e "You know you like it" não são desconhecidas. A eletrónica com incursões na pop e R&B pareceu seduzir a plateia, apesar de a voz de Aluna por vezes ter ficado abafada pelo som dos instrumentos.
Biffy Clyro preparam caminho para o punk
Depois da atuação dos britânicos Stereophonics passamos para os escoceses Biffy Clyro, continuando na senda do rock, desta feita mais alternativo.
Em palco, a banda não pareceu sentir o vento cortante que reinou em Oeiras. Ensaiou-se o português arranhado com um "Lisboa, vocês são fantásticos", antes de um regresso ao consagrado "Only Revolutions", um dos álbuns bem sucedidos desta banda. Preparava-se, definitivamente, o caminho para Green Day.
Muda-se de palco, mas o festival de guitarras continuava, desta feita com Japandroids no palco Heineken. A tenda gigante não estava, às 20.00 horas, totalmente cheia, mas já se encontrava bem composta para receber os possantes Japandroids, que não pararam nem para respirar. O duo abusa de tudo: bateria agressiva, guitarras barulhentas, berros cronometrados. Estamos no reino do rock, sem sombra de dúvida. E o público agradece.
Stereophonics inauguram palco principal do Alive
A edição do Optimus Alive de 2013 arrancou com muita correria. Uns minutos depois das 16.00 horas, o recinto do festival de Oeiras já servia de pista de corta-mato para centenas de jovens fãs de Green Day, que procuravam com afinco um lugar nas grades. Os pais, também presentes e admiradores dos êxitos mais antigos da banda, tentavam acompanhar o passo.
Os primeiros acordes aconteceram nos palcos secundários, onde as primeiras atrações saíram tão rápido quanto entraram: Quelle Dead Gazelle e Two Inch Punch mal entraram em palco e, 15 minutos depois, já tinham saído.
Já o palco principal seria estreado pelos britânicos Stereophonics, que trouxeram com eles o rock dos anos 90 de volta ao festival. A guitarra dominou em palco, enquanto o grupo desfiava canções de outros tempos, quase sem pausas.
Junto às grades, ingleses, portugueses e espanhóis, em comunhão com o que se passava em palco e vestidos para aguentar o calor que não se fez sentir (a chuva chegou mesmo a ameaçar ao cair do dia), cantavam a plenos pulmões canções como "Mr. Writer", "Local Boy in the Photograph", "Maybe Tomorrow" ou "Dakota". Mesmo assim, ainda houve espaço para apresentar o novo álbum, "Grafitti on the Train", num apontamento mais calmo e acústico.