Sem aparato mas com enorme competência, os Explosions in The Sky fizeram do seu concerto - o penúltimo no palco principal - uma ode ao virtuosismo da guitarra, que nem o défice cénico (não confundir com sónico) que caracteriza os seus espectáculos logrou beliscar.
Corpo do artigo
Depois do cancelamento na edição anterior, o quarteto texano cedo deu mostras de querer compensar os fãs locais por esse revés, ao fazer as apresentações da praxe num muito razoável idioma lusitano.
A planura dos temas instrumentais dos Explosions in the Sky não deve ser confundida com uma tendência suporífera, como tantas vezes acontece em projetos musicais similares.
Mesmo sem grandes picos ou arrebatamentos juvenis, há nestes temas quase indistintos entre si uma forte individualidade, como gémeos que na verdade não poderiam ser mais opostos.
À assistência é pedido sobretudo que contemple e absorva esta miríade de sons cuja placidez é interrompida periodicamente para dar lugar a violentas explosões instrumentais. É nessas ocasiões que a até aqui pacata assistência se manifesta, demonstrando o seu agrado.
Um dos melhores concertos do Primavera Sound 2013.