<p>Ao estilo de uma estrela pop. Pedem-lhe beijinhos, autógrafos e fotografias. É na rua, no meio de gente, muita gente, que Paulo Portas parece sentir-se bem. Em Espinho, fim-de-semana de festa, de homenagem à Senhora da Ajuda, o líder do CDS voltou a demonstrar por que razão grande parte da campanha do partido se centra em arruadas. "A feira é só depois de amanhã!". Nem a provocação atirada pelo homem sentado no muro da marginal espinhense interrompeu o ritmo da passeata. As pessoas gostam de cumprimentar Portas. E de tirar fotografias com o candidato. E de pedir autógrafos. "Já dei muitos", garantiu o líder, questionado pelos jornalistas. Portas sabe que as pessoas sabem que isto é campanha. Mas também sabe que as pessoas gostam de o ver de perto. Entra em lojas, entra em cafés, cumprimenta toda a gente. </p>
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As confrontações, mais do que uma, sobre o discurso em relação ao rendimento mínimo, não retiram o ânimo. "Defendo quem trabalha. Há imensa gente a apoiar, alguns a criticar", dispara. "Há muita gente nos cafés, a beber e a fumar, sem querer trabalhar. Não falta que fazer!" - a voz do homem, logo captada pelos microfones de rádios e televisões, apoia a posição de Portas. Que pára o ritmo "eléctrico" umas quantas vezes para beber um café. Espinho, beira-mar, festa. O candidato democrata-cristão não foi à igreja, recusa misturar os dois campos. Mas não nega ajuda aos Bombeiros Voluntários de Espinho. Nem Teresa Meireles deixava. Foi ter com o candidato, pedir uma contribuição para a corporação. Conseguiu furar a barreira de povo. "Precisamos de uma nova ambulância", explicou Teresa, ao JN, lembrando que o fecho do hospital local fez com que o trabalho dos bombeiros redobrasse: é preciso levar as pessoas para Gaia ou para o Porto. Portas prometeu a Teresa que contribuiria no fim da arruada. Não gosta de ser filmado nestes momentos. Cumpriu.