Há cerca de 30% de eleitores que ainda podem mudar o seu sentido de voto. Uma percentagem que, face à escassa distância entre PS e PSD, permite sonhar com a vitória a qualquer dos campos.
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O partido que mais pode sofrer com a volatilidade dos eleitores é o Bloco de Esquerda, uma vez que 28% dos seus apoiantes admitem mudar de ideias.
Uma falta de fidelidade que se torna ainda mais perigosa quando se percebe que são também os eleitores do BE aqueles que mais se preocupam (55%) com a consequência do seu voto na definição de quem vai ganhar as eleições e formar Governo. Ou seja, é o eleitorado mais exposto à pressão do chamado voto útil.
Entre as perguntas em que se pretende perceber atitudes em relação ao voto e às eleições, destaque também para a reduzida importância que os portugueses dão à hipótese de ter um presidente da República da mesma área que o partido do Governo: 62% não se preocupam com isso.