"A água até ao pescoço, os carros arrastados com gente dentro". Relatos do "pesadelo"
Cinco horas de chuva fizeram transbordar o rio em Chiva, deixando a localidade dividida em duas.
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Quando se entra na localidade de Chiva, recebe-nos uma ponte e uma cratera debaixo dela. Por ali passava o rio que na terça-feira transbordou e inundou esta localidade e outras tantas ao redor onde nem sequer choveu. Em ambas margens do rio, as casas, que foram construídas mesmo à beira, estão destruídas. Os buracos, que a força da corrente fez nas paredes, deixam ver a escassa mobília que a água não levou. Restos de cadeiras, camas e mesas assomam, enlameadas, enquanto os vizinhos fazem o que podem para limpar os destroços.
Das três pontes que existem na localidade, só esta permanece de pé. As outras duas foram destruídas pela água e deixaram Chiva dividida em duas. “Não há palavras para descrever isto. O que vivemos terça-feira foi um desastre. Os mortos, as casas destruídas, como a minha, o pânico... não consigo sequer descrever”, conta Jorma García.